As Rádios de Areia-PB, em decadência explícita

Minhas preocupações com o destino areense não se prendem apenas às questões políticas e administrativas partidárias. Quero contribuir com o todo, com a retomada do caminho reto. 

Nessa última visita, constatei situações de extrema delicadeza. Uma delas diz respeito ao Rádio Areense. Areia possui três rádios, todas mergulhadas em crise administrativa e de programação. 

A Rádio Jardim, antiga Rádio Bruxaxá, encontra-se com as portas fechadas, funcionando no pé da antena, ali no final da Rua do Bode. Uma programação musical capenga, sem qualquer identificação com a cidade, sem prestação de serviço, sem autonomia. Ligada ao Grupo Master, de João Pessoa, tem apenas dois funcionários que servem apenas de elemento técnico.

 É um desrespeito latente, uma falta de qualquer tipo de profissionalismo. A rádio está ancorada no AM e morrendo aos poucos.

Enquanto isso a Rádio Areia FM, rádio comunitária, nos 87.9, traça passos também rumo apenas à sobrevivência. Há um desgaste na programação, com uma base musical sentada sobre o romantismo sertanejo, mesmo assim é o caso menos danoso pois ainda resiste com apresentadores locais e presta algum serviço. 

Mas nos horários em que não há uma programação fixa, a trilha sonora é simplesmente horrível. Já que é de uma associação cultural, vamos ver se melhoramos isso aí, minha gente.

Já a PBFM sofre uma ingerência de mudanças que vão comprometer seriamente a programação. O grupo que a mantém acabou de fechar um contrato de arrendamento e tudo irá por água abaixo, sem compromisso com os anseios areenses, visto que a nova turma é de Solânea e tem, certamente, desejos políticos em alto grau de poluição.

 E conhecendo sua prática, Areia será uma ilha sonora com altos-falantes inundando os ouvidos com música de péssima qualidade e nenhum compromisso social. É uma lástima. Mas isso é apenas uma mínima parte do nosso Armagedom cultural.

Fonte: Aderaldo Luciano