segunda-feira, 4 de maio de 2015

Parabéns pelos 20 anos de internet no Brasil

Olá Blogados! Olha hoje em dia está tudo muito bem moderno quando o assunto é Internet. Mas você sinceramente já pensou em como era à 20 anos atrás? Pois é, mas num se preocupa não eu fui saber isso pra vocês, ok crianças?

 É o seguinte em 1995 mas precisamente no dia 1 de maio, começou a ser oferecido no Brasil a conexão comercial à rede mundial de computadores, abrindo para pessoas comuns as possibilidades já disponíveis para acadêmicos e pesquisadores.



Estrutura:

A internet já havia sido experimentada dentro da comunidade acadêmica e também entre funcionários de alguns órgãos do governo. Outras tecnologias de comunicação entre computadores, como a Bitnet, também haviam sido experimentadas. "O problema da internet em relação às outras é que é uma rede interativa", diz Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) e membro do CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil), este o órgão responsável pelo registro de websites que terminam em ".br" que foi fundado também em maio daquele ano.
O problema, explica, é que a característica velocidade dessa tecnologia gerava demanda superior à então comportada pelos fios telefônicos de cobre.
"Então houve uma corrida para expandir as linhas, e isso era antes da web [um dos protocolos de troca de dados da internet, que é usado pelos sites e navegadores]. Quando apareceu a web, então, falaram 'agora é que vai atolar de vez'."
LENTIDÃO
O limite das conexões discadas, também conhecidas pelo seu nome em inglês, dial-up, era de 56 kbps, suficiente para baixar uma imagem de 100 kbytes em 14 segundos; uma canção de 5 Mbytes em 12 minutos; e um filme de 700 Mbytes em um dia e quatro horas. Pagando por minuto.
"Você entrava num site e um banner [anúncio superior] começava a carregar. Dava tempo de ir tomar banho, pegar um café, voltar e ainda não tinha aparecido", lembra Getschko, pouco saudoso. Houve gargalos --e pode-se argumentar que ainda há--, mas também vieram investimentos, a fibra ótica, a exploração econômica da rede, a telefonia móvel.
Muitos fatores conspiraram para que o Brasil se tornasse um país de conectados --não completamente, e muito menos livre de problemas nesse processo. A conexão média no Brasil hoje é de 3 Mbps, segundo o relatório do último trimestre do ano passado da Akamai, o mais completo sobre infraestrutura de internet global. Essa velocidade é 54 vezes superior à máxima de 1995, mas só suficiente para deixar o país na 89ª colocação no ranking das redes mais velozes.
O padrão 4G, que chega a velocidades centenas de vezes superiores às da conexão discada e maiores até que a banda larga residencial, só que sem usar cabos, já é representativo no país, com 7,8 milhões de linhas ativas em janeiro último, segundo a Anatel --mas só 2,8% do total.
Este especial on-line conta capítulos dessa tortuosa narrativa e a trajetória de alguns dos principais personagens dos primórdios da internet brasileira. Continue conectado.
CONEXÃO
Em 2000, questionava-se a utilidade da banda larga (em contraposição às conexões discadas), que engatinhava no mundo e mal tinha visto a luz do dia por aqui.
À época, quase todo usuário ouvia o som da conexão por meio da linha telefônica (que, aliás, ficava indisponível enquanto a internet era usada) antes de poder começar a navegação. Ao fim do ano seguinte, em dezembro de 2001, havia 852 mil usuários de banda larga, segundo o IDC.
Seis meses depois, o número passou para 1,4 milhão. Mas foi só em 2006 que o dial-up deixou de ser o método majoritário para se ligar à rede --e, em 2013, uma a cada dez conexões residenciais ainda era discada, segundo a pesquisa TIC Domicílios, do CGI.


A REDE QUE MUDOU A REDE
A virada da inclusão digital tem ano (2004, quando apenas 28 milhões de brasileiros com mais de 16 anos já haviam utilizado a rede ao menos uma vez), nome (Orkut) e lugar (as lan-houses, antes disso restritas aos amantes dos games).
"A explosão da internet [no Brasil] se deu com o Orkut. As pessoas passaram a ir a lan-houses para navegar, e não mais só para jogar. E foi nesse momento que as classes A e B deixaram de ser dominantes", conta Calazans.
O fenômeno dessa rede social, pertencente ao Google, foi tão grande que criou-se a expressão "orkutizar", que representava tudo que passou a ser popular na internet. Essa segunda fase, com o predomínio das lan-houses, das redes sociais e sem o acesso à internet restrito a uma classe social específica, durou até o final de 2007.
No final daquele ano, aconteceu outra alteração no cenário brasileiro e, dessa vez, foi uma mudança econômica, o chamado "fenômeno da classe C". Como as pessoas passaram a ter um maior poder aquisitivo, comprar um computador não era mais uma coisa impossível -- e, nesse momento, o uso da internet cresceu muito no país e o acesso em casa predominava.
Em 2010, aconteceu outra mudança, só que dessa vez foi estrutural, dos aparelhos, com o surgimento dos smartphones, que vivem um momento aquecido nas vendas no país, mas já dão sinais de desaceleração. Só no ano passado, foram vendidos 54,5 milhões de "telefones espertos", crescimento de 55% em relação a 2013, segundo a consultoria IDC. Para este ano, contudo, a firma de pesquisa projeta incremento de só 16%, reflexo da crise econômica e do chamado "amadurecimento" do mercado.
De acordo com a pesquisa do Google, entre os internautas da nova classe média que possuem smartphones, eles são a principal forma de acesso à rede (96% dos internautas o usam, contra 92% dos desktops e 89% dos notebooks).
FUTURO DOS COMPUTADORES
Quando questionado sobre qual seria o futuro dos computadores e se eles corriam o risco de serem "extintos", Calazans disse que a tendência é o crescimento do uso da internet por meio dos smartphones, mas sem que isso substitua completamente os computadores. Isso porque esses celulares e tablets não substituem todas as funções do computador, afirma Calazans.
De acordo com estudo do Google, 8 em cada 10 pessoas da classe C usam a internet como fonte de informação para tudo o que precisam, proporção igual a usuários das classes A e B.

Fonte: Germano Soares via folha.uol.com.br

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